segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Ainda o mesmo...


Hoje sinto-me desanimada. Por enquanto, vou dar tempo ao tempo e esforçar-me pela primeira opção. 

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Balanço

Embora ainda seja cedo para fazer um veredicto, não gosto do meu trabalho. Não que seja ingrata com a oportunidade, mas quando passamos anos a gostar e desejar uma determinada área, é muito difícil de digerir vermo-nos noutra, completamente diferente e da qual nada percebemos. 
A distância entre a minha casa e o trânsito que apanho até lá chegar não abona a meu favor. A saga pela procura de alojamento já começou mas não está fácil. Além de que o horário não é muito estável.. quer dizer, há hora para estar no trabalho, mas não para sair.
Espero que daqui a um mês a minha percepção seja muito diferente, porque por enquanto sinto-me desorientada.

domingo, 16 de novembro de 2014

Quando se espera que as coisas nos caiam ao colo...

Volta e meio pelas minhas navegações nas páginas de ofertas de emprego, quando via alguma que encaixasse no perfil de algum conhecido, comunicava-lhe. Normalmente as pessoas ficam agradecidas, mas há sempre alguém que tenha uma reacção inovadora. Para já, nem se dão ao trabalho de ler a oferta em condições e colocam logo entraves. Lá vou eu, leio o texto e rectifico (coisa que nem me cabe a mim, mas à pessoa que supostamente está interessada). Também há que se queixe que o trabalho é fora da ilha e ficam logo angustiados com a possibilidade de uma entrevista. 
Pois não sei... durante estes meses de desemprego respondi a tudo quanto era anúncio de emprego: para a área ou não, na ilha ou fora dela, até para fora do país. Enfim, estava sempre em cima do acontecimento. Mas, de facto, quem quer que apareça um trabalho para o qual estudou, na sua área de residência, com um salário acima dos 1000 euros e com todas as regalias imagináveis, bem pode esperar e ganhar raízes...

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Depois do desespero...

... eis que finalmente consegui emprego! Depois de passar por cenas surreais, de meses monótonos em casa, de vontade de desistir, chegou a minha vez, a minha oportunidade.
Estou feliz que não caibo em mim. Parte se deve a uma certa incredulidade. Saiu-me a sorte grande e desta vez fui eu a premiada!
O trabalho, embora esteja relacionado com a minha área de formação, não é a minha paixão. Mas espero aprender rápido e demonstrar que consigo ser empenhada e boa profissional em qualquer lugar que ficar colocada. 
Obrigada Pai Natal, por atenderes às minhas preces e por me dares o meu presente adiantado :)

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Padrões estéticos

Na versão anterior do curriculum vitae não tinha fotografia. Existem muitas opiniões contra e a favor deste detalhe. Pessoalmente, acho que, salvo as profissões inteiramente ligadas à imagem, os conhecimentos e experiência profissional pesam mais que a aparência.
Actualmente tenho uma foto tipo passe no CV. É uma imagem simples, de cabelo solto, sem maquilhagens (que não uso) e um ligeiro sorriso. Tendo em conta o quanto detesto tirar este tipo de fotos, até achava que estava muito bem. Isto até Sábado, dia em que fui a uma entrevista e, mais uma vez, fiquei impressionada com as coisas que se passam no mercado de trabalho.
O cargo era para recepcionista e quando lá cheguei havia já uma fila. Algumas das mulheres eram bastante vistosas: maquilhagem e sapatos vertiginosamente altos. Como não me encaixo neste estilo, fui vestida à maneira que me reflecte, calças de ganga, camisa, um lenço ao pescoço e um casaco de malha.
Quando chegou a minha vez, fiquei atónita quando me disseram que estiveram para não me convocarem devido à minha fotografia. Disseram ainda que tinha uma melhor imagem pessoalmente do que na fotografia e deram-me dicas (que esqueci logo) sobre maquilhagem para realçar a cara. Pois bem, uma fotografia tipo passe revela muito pouca coisa sobre o estilo de uma pessoa. Atenção que do pescoço para baixo não se vê nada, até poderia estar nua que ninguém dava por isso! Concordo que devamos manter uma imagem cuidada, agradável aos olhos dos outros, mas eu fico-me pelo mais simples. Afinal, a imagem que eles pretendiam - uma boneca por detrás de um balcão - pode não ser bem encarada por outras entidades e eu prefiro não alterar o meu visual e sentir-me desconfortável para satisfazer ninguém.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Sobre a entrevista de ontem

Cheguei à sala onde decorreria a entrevista e o big boss estava sentado à mesa, enquanto comia uma maçã. As perguntas e comentários eram feitos entre dentadas à maçã  - tudo bem que era final do dia, que o senhor devia ter fome e bla bla bla, mas era mesmo necessário?
Como o cargo era para um supermercado da minha zona (onde todos se conhecem), não podia ocultar que sou licenciada. E, mais uma vez, este pormenor ditou o resto da entrevista. A pergunta central, e que foi feita várias vezes, foi "consegue ver-se, enquanto licenciada, na secção de peixaria ou no talho, a atender os clientes, de botas de água, touca e bata, tal como qualquer outro funcionário?".
Sinceramente, apeteceu-me mandar aquele senhor, o Instituto de Emprego que me encaminhou para aquela vaga (porque supostamente está de acordo com o meu perfil profissional) e ao mundo em geral à p*** que os p****!
É claro que não me vejo e não quero fazer uma coisa dessas! Até quão baixo tenho de descer, quanta dignidade devo manter e a que expectativas devo renunciar para conseguir trabalho neste país? :(

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Definição de subjectividade

Ontem fui convocada por carta registada para comparecer hoje às 10 horas da manhã no Instituto de Emprego. A carta não tinha margem para dúvidas, devia lá estar ou submetia-me a uma séries de "ameaças" como a minha inscrição ficar anulada e suspensa nos próximos três meses.
De maneira que fui onde era solicitada, fiz 60km ida e volta. E para quê? Supostamente iriam apresentar-me uma oferta de emprego que se enquadrava no meu perfil profissional. Estava curiosa e céptica. E afinal, sabem o que me esperava? Qual era a tão desejada oferta que valeria a minha deslocação? Repositora num supermercado.
Não desvalorizando a oferta de trabalho, digam o que quiserem (e os técnicos daquele Instituto deveriam ganhar vergonha!), esta não é nem de longe uma proposta que se adeqúe a uma pessoa licenciada, com milhares de euros investidos em formação.

P.S: já me candidatei a ofertas semelhantes, tanto a cafés como a lojas de roupa, mas por minha iniciativa e estava ciente de que não era aquilo que desejava fazer e que a função estava muito aquém das minhas capacidades.