quinta-feira, 26 de março de 2015

Podia ter sido eu a escrever isto:

Sabemos de cor e salteado que os dias se arrastam divididos bipolarmente entre uma dose de empreendedorismo e a total ausência de fé num futuro cada vez mais distante. O computador e o sofá são agora os nossos melhores amigos. É ali que juntos esmiuçamos todos os anúncios "online", pequenos "shots" de esperança que, na maioria das vezes, se desvanecem em menos de cinco segundos.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

Lembro-me de ser mais exigente quando estava no alto da minha adolescência. E exigente em quê? Nas aparências. Não é uma coisa bonita de se admitir, mas é verdade. Por muito que tentemos ignorar, quando estamos na escola olhamos (e somos olhados) para o vestuário, os acessórios, as marcas, as tecnologias. E na medida das possibilidades da minha mãe, eu ligava para isto também. Os ténis eram da marca X, o telemóvel tinha de ser o Y, os cadernos tinham de ser Z. É claro que naquela altura, embora não nadássemos num rio de dinheiro, as coisas eram mais fáceis. 
O momento em que entrei na universidade marcou o corte com estas futilidades, o dinheiro tinha de ser esticado e as preocupações eram outras. Actualmente sou uma pessoa completamente diferente: o telemóvel recebe, envia mensagens e dá para ligar? Serve! A roupa não é de marca, mas vestida nem dá pela diferença? Serve! Os sapatos não são de marca e dou cabo deles na mesma? Servem!
E por acaso serei menos feliz, bonita, vaidosa e tantas outras coisas por causa disso? Claro que não e como é estúpido pensar que algo assim nos pode preencher ou ajudar a termos outra imagem perante os outros.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Over and over again

Cada resposta a uma oferta de emprego e cada entrevista têm cada vez menos valor para mim. Ainda não baixei os braços, mas admito que as expectativas são cada vez menores, quase nulas. Este processo já se tornou automático e faço-o só porque sim, sem esperar nada. O mais triste é que tenho tanta vontade de trabalhar, de aprender, de continuar a estudar e não vejo maneira de concretizar nada do que idealizo...
A cada momento sinto que cheguei ao final da estrada, que já não tenho nenhum caminho para tomar. Estou a esgotar as minhas possibilidades, a ficar sem planos de reserva. 
Há umas semanas tinha-se aberto uma pequena janela, uma oportunidade fantástica de poder ter uma experiência de trabalho noutro país, mas hoje as coisas começaram a desmoronar. É sempre o mesmo, tento controlar as expectativas, mas no fundo há sempre uma esperança, e f******, a frustração e o desânimo são indescritíveis!

terça-feira, 17 de março de 2015

A hipocrisia das campanhas eleitorais

Em tempos de campanha eleitoral os políticos descem do seu pedestal e misturam-se com o povo. Hipocritamente visitam tudo quanto é gente, beijam e apertam mãos a desconhecidos, oferecem-se t-shirts e canetas do partido, tudo isto a troco de uns votos. Os candidatos vestem as suas vestes de falsidade e fingem dar ouvidos aos queixumes da população. Prometem fundos e mundos. 
São os cartazes espalhados e os carros de campanha para baixo e para cima com a sua música pimba nos megafones.
Isto tudo repugna-me. Repugna-me por estes políticos continuarem este ritual ridículo em que enganam as pessoas, sem escrúpulo nenhum. Tudo para apenas assegurarem o seu lugar no poleiro e esquecerem do discurso que tinham até uns dias atrás.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Porque é que eu não gosto de pombos?

Há tantos motivos para eu não gostar destas aves, mas vou concentrar-me apenas nos essenciais para não me dispersar:
1º - fazem um barulho esquisito
2º - abanam o pescoço de uma maneira estranha enquanto andam
3º (e mais importante!) - parecem ter tendências suicidas e passo a explicar. Quem é que já não se teve que desviar destes bicharocos porque vinham a voar na nossa direcção? Pois eu já, e várias vezes. Eles parecem gostar de desafiar os humanos, do tipo "vamos lá ver quem se afasta primeiro". à custa disto matei um pombo há uns tempos atrás. Ia a conduzir, descansada da minha vida, quando vejo que haviam alguns pombos na estrada. Tinha carros atrás de mim e no sentido oposto, pelo que não podia fazer manobras de desvio. Continuei no meu ritmo a pensar que se afastariam quando estivesse próxima. Mas não podia estar mais enganada, um pombo ficou lá, a passear-se no meio da estrada. Apenas sei que o senti debaixo da roda e quando olhei pelo retrovisor só vi plumas no ar. Nunca tinha atropelado um animal e nesse dia até fiquei a remoer no assunto. Mas esta é uma mensagem pombos: não se metam comigo!

quinta-feira, 12 de março de 2015

Ambientalismos à parte

Pessoas, instituições, empresas/negócios estão cada vez mais conscientes dos impactos ambientais. Reduzir, reciclar e reutilizar estão na ordem do dia e eu não podia concordar mais. Mas há uma destas medidas ecológicas que não consigo interiorizar: os secadores de mãos automáticos dos WC. Desculpem lá as mentalidades mais verdes, mas por mais tempo que fique com as mãos a levar ar, não ficam secas, é uma batalha perdida para mim. Inclusive, em alguns lugares já nem há papel junto aos lavatórios, mas enquanto haja o rolo de papel sanitário há esperança!

quarta-feira, 11 de março de 2015

Onde eu tenho andado

Vista sobre o elevador de Santa Justa

Oceanário

Castelo dos Mouros, em Sintra

Palácio da Pena, em Sintra
Com a perna ao léu na Torre de Belém