segunda-feira, 28 de julho de 2014

Afinal, o que é que as mulheres querem?

Eu, que sou mulher, tenho sérias dificuldades em perceber o meu género, por isso até me sinto solidária com o sexo oposto. É verdade que qualquer mulher quer ao seu lado um homem que a ache bonita e que lhe diga isso, que seja sensível e compreensivo com as suas emoções. Mas, ao mesmo tempo, pode chegar a ser tão complicado equilibrar estas qualidades que rapidamente se tornam num turn off. Ora, falo por mim quando digo que não há nada pior do que um homem dizer-me, logo nas primeiras conversas, o quão linda sou, ser meloso e fazer o pino para combinar um encontro. A sério, não é preciso tanto. Também não é preciso agir com indiferença e assumir que nos tem na palma da mão. Na verdade, explicar isto é uma tarefa ingrata, porque as palavras não expressam a forma como me faz sentir.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Quando se vê as coisas nesta perspectiva: vale a pena?

Os meus últimos 17 anos de vida têm sido passados a estudar: primária, básico, secundário, licenciatura e pós-graduação. A pouco e pouco vou completando os passos que tenho à minha frente. O dinheiro, ou das bolsas de estudo ou do meu trabalho, tem sido gasto, na grande maioria, desta forma. O meu carro tem 14 anos (!!!), o meu telemóvel já tem mais de três, viagens e férias nem vê-las, sair da casa da mãe não é tão cedo.
Ora, conheço pessoas que se ficaram pelo 12º ano e, com a minha idade, já fizeram e viram muito mais que eu. É verdade que se esfalfam a trabalhar. Mas eu tenho feito as coisas como deve ser, aposto na minha formação com a esperança de o investimento ser retornado, mas será que vale a pena? Cada dia aumenta a minha desilusão e desespero, parece que estou à procura de algo que não existe.
Pergunto, estes anos têm valido a pena? Esta dedicação a 110% aos estudos compensa?

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Um dia sem-tempo

Somos prisioneiros do tempo, dos relógios, das horas e dos minutos que passam. Confesso que me incluo neste grupo, relógio e/ou telemóvel são indispensáveis no dia-a-dia para orientar-me. Contudo, o dia de hoje foi o oposto e senti-me liberta.
Fiquei sem bateria no telemóvel logo de manhã e, na pressa, esqueci-me do relógio. Até aqui tudo bem, mas não sabia como seria até ao final do dia. De manhã iniciei as minhas horas de estágio ao assistir a umas reuniões. Estava marcada para as 10 horas e só presenciaria uma, pelo menos era o que tinha ficado previsto. Mas saiu tudo ao contrário, a primeira sessão não se deu, pelo que a seguinte começou passada uma hora e acabei por assistir às restantes dessa manhã. Resultado: eram já 15 horas quando saí. Apenas com o pequeno-almoço no estômago, estava faminta pelo que vim directa para casa.
Depois, já com a barriga aconchegada e prevendo o aborrecimento da tarde, decidi ir à praia apanhar banhos de sol. A história repetiu-se, sem relógio nem telemóvel. Ainda estive para perguntar às pessoas do lado pelas horas, mas depois deixei que fosse o meu instinto a dizer-me quando deveria voltar. E funcionou perfeitamente.
Entretanto é claro que o telemóvel tinha umas quantas mensagens e avisos de chamadas, mas foi bom ter um dia em que as horas e os minutos não ditaram o meu ritmo.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

A crise, essa malvada

A contrariar a pasmaceira do sítio onde vivo, agora no Verão um hotel costuma organizar uma série de concertos. O ambiente, com vista para o mar, é para lá de espectacular; o cartaz é bom, com nomes estrangeiros; e, o melhor é ser à borlix.
A iniciativa está a decorrer este ano também e lá vou eu toda entusiasmada fazer a reserva. Qual não é a minha surpresa quando, no e-mail de confirmação, sou subtilmente avisada de que há consumo mínimo no bar de 5€? 
Pois parecendo que o preço é uma ninharia, fiquei desmotivada e a pensar seriamente se vou ou não.

Como o tempo demora a passar...

Estou desempregada há seis meses (só? Tem-me parecido uma eternidade). Faltam cinco para concluir a pós-graduação e  para ficar, finalmente, liberta e dar um rumo à minha vida. Será que posso dizer que já estou desesperada? Que este arrastar do tempo me deixa louca? Quanto mais poderei aguentar sem afectar a minha sanidade mental?

quinta-feira, 10 de julho de 2014

A ternura das crianças

Levar uma criança à praia implica trocar uma tarde tranquila de banhos de sol enquanto se lê um livro por umas horas de atenção a 100% atrás da criatura, seja na água ou enquanto brinca na areia. Mesmo assim, ontem levei  meu primo à praia. Embora ele se entretenha sozinho, estavam lá muitos miúdos, pelo que não demorou até ele arranjar companhia. Prestava especial atenção quando ele se aproximava de um deles, queria ver era a abordagem, como se desenrolava a conversa. E é de uma ternura inexplicável. Depois de uns minutos de se terem conhecido, a cumplicidade é evidente. Daí a um bocado chegou à minha beira a dizer, todo entusiasmado: "Prima, fiz um amigo, é o Antelmo". 
Fiquei com uma ponta de inveja de a vida parecer e ser fácil. De bastar uns momentos para "fazer um amigo", de forma sincera e sem segundas intenções.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Anúncios manhosos II

Há uns tempos atrás respondi a uma oferta para Administrativa. O anúncio parecia normal, descrevia as tarefas a desempenhar e o horário de trabalho. Até aqui não achei nada de estranho. Isso até, nesse mesmo dia, ter recebido um e-mail com uma série de ficheiros, inclusive o "contrato". Estava tudo em inglês, o que me surpreendeu de imediato. Entretanto percebi que se tratava afinal de um desses esquemas duvidosos que envolvem dinheiro: segundo as informações, receberia milhares de euros por semana, faria transferências da minha conta bancária e tantas outras coisas que não fixei depois de saber de que se tratava.
Mais uma desilusão, mais um suposto recrutador que brinca connosco, mas isso é o de menos. Nisto tudo fico a pensar no tipo de anúncios que eu, tal como outras milhares de pessoas respondem, mesmo sem saber se se trata de algo real... Como controlar isto? Como saber que os nossos dados não vão ser utilizados para outros fins? Haverá outra alternativa?

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Os impactos do desemprego

Estar desempregado/a muda muita coisa na nossa vida. À falta de uma rotina e ocupação, acresce a escassez de dinheiro. No entanto, as propinas têm de ser pagas, o carro continua a precisar de combustível, convém que o telemóvel tenha saldo e há ainda a comida. Desta forma o orçamento mensal desaparece num ápice. No entanto, o mundo à nossa volta não pára: os amigos estão de férias, querem ir ao cinema e jantar fora frequentemente, ritmo este que não posso acompanhar. Ora, perante isto não tenho outra opção senão recusar os convites que gentilmente me são feitos. Normalmente não discuto dinheiro com ninguém nem me queixo da situação, mas depois de ter sido "chamada a atenção" após rejeitar as últimas saídas, saiu-me tudo cá para fora.
Isto para dizer que o desemprego vai mais além da falta de trabalho, corta-nos as asas em tudo o resto. A nível psicológico e de auto-estima fica-se na lama, a sequência dos dias é uma monotonia e não há saídas com os amigos que valham porque não há dinheiro para isso.