quinta-feira, 26 de março de 2015

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

Lembro-me de ser mais exigente quando estava no alto da minha adolescência. E exigente em quê? Nas aparências. Não é uma coisa bonita de se admitir, mas é verdade. Por muito que tentemos ignorar, quando estamos na escola olhamos (e somos olhados) para o vestuário, os acessórios, as marcas, as tecnologias. E na medida das possibilidades da minha mãe, eu ligava para isto também. Os ténis eram da marca X, o telemóvel tinha de ser o Y, os cadernos tinham de ser Z. É claro que naquela altura, embora não nadássemos num rio de dinheiro, as coisas eram mais fáceis. 
O momento em que entrei na universidade marcou o corte com estas futilidades, o dinheiro tinha de ser esticado e as preocupações eram outras. Actualmente sou uma pessoa completamente diferente: o telemóvel recebe, envia mensagens e dá para ligar? Serve! A roupa não é de marca, mas vestida nem dá pela diferença? Serve! Os sapatos não são de marca e dou cabo deles na mesma? Servem!
E por acaso serei menos feliz, bonita, vaidosa e tantas outras coisas por causa disso? Claro que não e como é estúpido pensar que algo assim nos pode preencher ou ajudar a termos outra imagem perante os outros.

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