No trabalho tenho lidado com raparigas que, embora tenham a mesma idade que eu - e até mais novas - apresentam vidas completamente distintas. É impossível não comparar, tento colocar-me no lugar delas e parece tão difícil, quase surreal.. Jovens com menos de 25 anos, que foram mães adolescentes, com o 6º ano de escolaridade (ou nem isso), saltando de emprego em emprego que mal dá para sobreviver. No final desses dias reflicto e sinto-me afortunada, uma verdadeira sortuda pelo meio em que cresci, por me terem sido transmitidos certos valores, por ter aprendido e definido bem prioridades. Dou voltas à minha cabeça e dou por mim a pensar que, se a vida o quisesse, eu podia estar daquele lado, podia ser eu naquela situação. E mesmo não tendo muito (ou nada), sou uma felizarda!
2 comentários:
Por vezes isto nos acontece.
Eu fui a extremos. Trabalhava tal como tu, com raparigas jovens, mães cedo, em empregos precários, com educação reduzida, ambições limitadas, muitos sonhos e quase zero interesse nos filhos. Percebi que nao tinha "nada a ver" com elas e que o que nos separava não era preenchido com outras conversas e assuntos, por não existir um ponto em comum e quando algo me interessava a mim, não interessava a elas.
É um vazio... passei para o extremo oposto. Raparigas novas, com ambição e objectivos definidos, com vidas confortáveis e automóvel nas mãos. Sem filhos mas focadas em conseguirem a independência, arranjar um bom emprego, uma casa...
VIDAS
Estas diferenças tão grandes em pessoas com idades muito próximas são a prova de que a sociedade (família, escola, governo) nem sempre faz o seu trabalho como devia.
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